Em 1978 quando lançou o álbum “Muito – Dentro da Estrela Azulada” Caetano gravou uma música em homenagem a Pelé. A letra faz referência a um discurso feito por Pelé, quando ele se despediu dos campos no dia 1º de outubro de 1977, num amistoso entre Santos e New York Cosmos. Pelé jogou um tempo por cada time. Em sua despedida, o Rei convidou o público presente no Giants Stadium, nos Estados Unidos, para gritar “love, love, love” (amor, amor, amor)
Foto: Pelé com Caetano Gil (Instituto Tom Jobim)
Love Love Love
Eu canto no ritmo, não tenho outro vício
Se o mundo é um lixo, eu não sou
Eu sou bonitinho, com muito carinho
É o que diz minha voz de cantor
Por nosso Senhor
Meu amor, te amo
Pelo mundo inteiro eu chamo
Essa chama que move
Pelé disse
Love, love, love
Absurdo, o Brasil pode ser um absurdo
Até aí, tudo bem, nada mal
Pode ser um absurdo, mas ele não é surdo
O Brasil tem ouvido musical
Que não é normal
Meu amor, te quero
Pelo mundo inteiro eu espero
A visão que comove
Pelé disse
Love, love, love
Na maré da utopia
Banhar todo dia
A beleza do corpo convém
Olha o pulo da jia
Não tendo utopia
Não pia a beleza também
Digo prá ninguém
Meu amor, desejo
Pelo mundo inteiro
Eu vejo
Que não tem quem prove
Pelé disse
Love, love, love
Na densa floresta feliz prolifera
A linhagem da fera feroz
Ciclones de estrelas
Desenham-se Livres e fortes diante de nós
E eu com minha voz
Meu amor, preciso
Pelo mundo inteiro aviso
Olha o noventa e nove
Pelé disse
Love, love, love