Rio de Janeiro. Quando o filme “Miúcha, A Voz da Bossa Nova” estrear em Salvador, provavelmente em novembro, você não pode perder por dois motivos: o primeiro porque o filme é muito bom. O segundo é que a diretora (em parceria com seu marido Daniel Zarvos) é a jornalista baiana Liliane Mutti, atualmente morando em Paris. Na noite de quarta-feira (13) aconteceu uma premier para convidados no Cine Odeon no Rio de Janeiro. Em seguida os convidados esticaram até o Amarelinho para uma comemoração.
Com o cinema lotado o filme conquistou a plateia que aplaudiu ao final. E não era para menos. “Miúcha, a voz da Bossa Nova” retrata, através do acervo da família, que inclui fita K7, filmes em Super Oito e cartas (narradas pela sobrinha Sílvia Buarque) a vida da cantora Heloísa Maria Buarque de Holanda, irmã de Chico Buarque, Cristina e Ana, que morreu em 28 de dezembro de 2018 e este ano completaria 85 anos. Ela viveu intensamente. Morou em New York e no México, foi casada com João Gilberto com que teve um relacionamento bastante conturbado e tiveram uma filha a cantora Bebel. Muito querida, Miúcha fez grandes amigos ao longo da vida, como o casal Jean Paul Sartre e Simone de Beauvoir, gravou com Tom Jobim, Vinicius e Toquinho.
Para não dizer que não falei das flores: Antes da exibição do filme quando Liliane, Daniel Zarvos, Silvia Buarque e Anna de Holanda subiram ao palco para agradecer e fazer um manifesto pró Lula, um homem que estava na plateia gritou: Viva Bolsonaro. Foi um arerê. Mas ele saiu logo em seguida.
Foto: Lilliane e Daniel