O Ritual do Sabejé no Recôncavo baiano – Blog do Marrom

O Ritual do Sabejé no Recôncavo baiano

O Ritual do Sabejé no Recôncavo baiano

 

Sob a liderança do Babalorixá José Raimundo Lima Chaves, conhecido como Pai Pote, o Ilê Axé Ojú Onirê, como organização religiosa que tem como objetivo preservar no Recôncavo baiano as tradições oriundas da diáspora africana, realiza o SABEJÉ, um ritual público e a solidariedade do povo Jejê. Este ritual público, o Sabejé, pode ser interpretado como um sentido de ganho, atividade de venda de comida, que é enfatizada pela silaba “jé”, que representa o verbo comer na língua Ioruba. O Sabejé é um ritual que representa por tradição a visita de Omolu à cidade, e o contato que ele estabelece com as pessoas, e isto se dá especialmente com o uso das pipocas, a comida ritual deste orixá.

Pai Pote com apoio dos todos os filhos e com a organização da Yalaxé Wilma e o Egbome Everaldo com o posto de BabáIjena organizam todo o ritual pelas ruas. No processo ritualístico, geralmente são três pessoas que formam um grupo para realizar o Sabejé, um leva o tabuleiro com o assentamento do orixá Omolu, outro o balaio do doboru, pipocas, e o terceiro estabelece o contato com o público. São muitos os trios de adeptos do candomblé que realizam o Sabejé, o ritual de oferecimento do doboru.  Já as pessoas que recebem o doboru devem se manifestar pelo oferecimento de uma quantia livre; e, em seguida, o doboru é comido ou passado pelo corpo, num verdadeiro ritual de purificação, numa busca de contato sagrado com o orixá.