O livro “Uma Cidade, Uma Rua, Uma Igreja”, com textos de Antônio Risério, e edição da P55, será lançado dia 26 de maio, na própria igreja. Uma ideia do padre Luís Simões, que dirige a paróquia, do empresário (ex-secretário estadual de Meio Ambiente) Juliano Matos e de André Portugal e sua P55. Antonio Risério escreveu o texto do volume, que tem o título UMA CIDADE, UMA RUA, UMA IGREJA. leia o texto abaixo.
Há uns bons vinte anos atrás, escrevi o livro UMA HISTÓRIA DA CIDADE DA BAHIA, que, hoje sei, até merece algumas pequenas correções, como na parte em que falo da Ordem Terceira de São Francisco, confundindo umas obras e datas. Mas, enfim, o livro foi feito. Uma história geral da cidade, dos tempos indígenas aos tempos industriais, coisa que até então não tínhamos. De lá para cá, sempre que surge alguma boa oportunidade, acabo voltando à nossa história urbana e social, tocando em teclas que ainda não tocara. E é com prazer que faço isso.
Ou até com imenso prazer, como no caso do livro UMA CIDADE, UMA RUA, UMA IGREJA, que será lançado agora. Um trabalho onde – graças ao convite do padre Luís Simões, de Juliano Matos e de André Portugal (um trio e tanto, presente em minha vida: padre Luís celebrou meu casamento na Igreja da Graça; Juliano e André, jovens amigos que herdei, já que era e sou amigo de seus pais, Filemon Matos e Claudius Portugal) – pude me debruçar mais sobre alguns aspectos da vida em Salvador, sobre o avanço da cidade em direção à sua área rural (ou sua periferia semiurbana, como em Brotas, na Vitória, na Barra), sobre o Campo Grande, o Corredor e o Largo da Vitória, tanto em suas transas sociais quanto em feitios arquitetônicos, para finalmente chegar à Vitória atual, paraíso do novorriquismo soteropolitano, desfigurando o desenho da antiga cidade de dois andares, alta e baixa, para passar a exibir uma Salvador de quatro andares: a cidade baixa, a cidade alta, a cidade mais alta e a cidade altíssima, que é como hoje a vemos do mar, irreconhecível.
Em todo caso, o mar continua lá, assim como o largo e a igreja. E sigo pedindo a Nossa Senhora da Vitória, que já nos deu tanta coisa, que agora nos dê alguma luz ecológica.