Desde o surgimento da chamada axé music o mercado do sul do pais que inclui Paraná Santa Catarina e Rio Grande do Sul, sempre foi considerado uma barreira para a musica carnavalesca baiana, incluindo também o nosso pagodão. Mas com um trabalho de formiguinha entre o grupo All de Floripa (Doreni, Artêmio e Renato) em parceria com Ney Ávila, Penta Eventos de Flávio Maron e Cássio Franco) foi criado o Folianópolis que chega em 2022 (dias 12, 13 e 14 de novembro) à sua décima quinta edição com enorme sucesso. No inicio desse ano os mesmos parceiros realizam a primeira edição do Folia no Parque também na capital de Santa Catarina e foi uma agradável surpresa.
Durante esses anos, os organizadores do Folianópolis notaram que o Paraná, especialmente Curitiba, respondia em média por três mil foliões que iam para a capital de Santa Catarina cair na gandaia. Ai veio a ideia de realizar um evento nos mesmos moldes no vizinho Estado. Assim nasceu o Curitiba Folia que aconteceria em 2020. Ai veio a pandemia e o evento foi transferido para 2021 e mais uma vez remarcado para 2022 quando finalmente aconteceu,
E até para os organizadores foi um ótima surpresa. No sábado (2 de abril) durante oito horas (começou por volta das 14h30 e terminou às 22h30) desfilaram em dois trios elétricos, o Psirico com Márcio Victor; Durval Lélys, Harmonia do Samba e Xanddy e a Banda Eva com Felipe Pezzoni encerrando. Apesar do frio (coisa de 14 15 graus, para o baiano isso é o mesmo que estar na Sibéria) a animação dos foliões foi muito grande.
Com vontade e saudade de subirem num trio e cantarem com seus fãs, os artistas baianos não economizaram em energia e num repertório com grandes sucessos que eram cantados por todos tanto na pista quanto no camarote. E o melhor: tudo na maior harmonia sem nenhuma, digo NENHUMA briga, nem roubo de celular (rs). O publico só queria beber, curtir beijar na boca e aprender o suingue baiano. A edição de 2023 já foi confirmada e com isso a axé music mostra que está voltando bem. Só falta agora conquistar o Rio Grande do Sul. Conversando com um dos sócios, Dorani, eu o provoquei: e ai quando vamos para as terras gaúchas? Ele respondeu vamos pensar como chegar lá”.
O jornalista viajou à convite da produção do evento