Um olhar afetivo sobre a Carlos Gomes por Dino Neto e Genilson Coutinho – Blog do Marrom

Um olhar afetivo sobre a Carlos Gomes por Dino Neto e Genilson Coutinho

Um olhar afetivo sobre a Carlos Gomes por Dino Neto e Genilson Coutinho

 

Idealizado pelo maquiador e drag, Galdino Neto, com consultoria e pesquisa do ativista Genilson Coutinho, o documentário batizado de “Rua Carlos Gomes: Apogeu e resistência da comunidade LGBTQIA+” reúne notáveis histórias e relatos saudosistas de um local icônico para o movimento LGBTQIA+ na Bahia. Com duração de 1 hora, o projeto pode ser assistido gratuitamente no canal do site Dois Terços no YouTube.

Só agora tive tempo e pude assistir. Eu recomendo. Esses dois queridos resgatam uma história pouco divulgada e só conhecida por quem viveu intensamente aquela época. Eu, mesmo, me surpreendi com muita coisa que não sabia. Vi personagens marcantes que não fazia a menor ideia de quem se tratava, mas o resultado final é muito bom. Eu só me lembrava da Carlos Gomes do pastel do chinês, o Clube de Engenharia, o Cine Bahia e o Edf. Sulacap (onde funcionava o escritório da gravadora Philips, depois Polygram e atual universal)e da volta que os blocos de trios davam no Carnaval no circuito Osmar Macedo (Campo Grande/Avenida) (rs).

Segue um resumo do doc:

“Nos anos de 1980 e 1990, a cena GLS (Gays, Lésbicas e Simpatizantes), termo ainda pouco politizado utilizado à época, se concentrava em uma região específica no centro de Salvador: a Rua Carlos Gomes – a CG -, como era conhecida pela comunidade LGBTQIA+.

O charme do local, repleto de ruas transversais, becos e vielas que ficavam lotadas, era completado pelo clima de agitação, confusões e flertes. Afinal, a Rua Carlos Gomes – a CG -, como era conhecida pela comunidade LGBTQIA+, era a passarela onde todos da cena LGBTQIA+ queriam desfilar entre as mesas dos bares para serem notados. Os vãos que costuravam a região funcionavam como um “esquenta” para os estabelecimentos noturnos.

Entre os nomes que foram entrevistados para o projeto estão: André Luiz Silva (Bagageryer Spilberg), Dion Santiago, Fabiane Galvão, Sérgio Augusto Duarte Tavares (Lion Schneider), Valécio Santos (Valerie O’rarah), Antônio Fernando ( ncora do Marujo), Livia Ferreira (UNALGBT da Bahia), Antônio Jorge (Boate Is’Kiss) e Genilson Coutinho.

Os relatos contam histórias de ambientes como o Bar Charles Chaplin, Beco da Baiúca, Adê Alô, Boate Is’Kiss, ncora do Marujo, Artes & Manhas, Boate BRW, Boate Caverna, Bar Cabaré 54, Bar Caras e Bocas, Freedom Music & Bar, Bar Champagne (Bar da Ray) e Bar Rosa Negra.

O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura (Prêmio Cultura na Palma da Mão/PABB) via Lei Aldir Blanc, redirecionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.