Poetas, seresteiros, boêmios e demais interessados em conhecer uma Salvador como já não existe, devem comparecer na quinta-feira (25) a partir das 17h, no bar Póstudo (Rio Vermelho). Quando acontece a grande festa de lançamento do BERRO D’ÁGUA: FESTA, ARTE E BOEMIA NA CIDADE DA BAHIA escrito por Charles Pereira que comandou a noite baiana nos Anos 70/80,ereira. O livro rememora os expoentes das artes, do ativismo cultural, da imprensa e da boemia nos fervidos anos 70 e 80, quando a cultura baiana resplandecia nacionalmente. Para levar às ruas o livro com as histórias do Berro– bar e restaurante de Salvador, que fervilhou nos anos 70/80, sendo considerado o maior restaurante ligado à cultura que a cidade já ouviu falar – Charles Pereira contou com a produção executiva de Sérgio Siqueira, organização de originais e edição de Lula Afonso, revisão e diagramação de Bete Capinan e design gráfico de Luisa Ambros. Na noite de lançamento, público e convidados curtirão a apresentação do DUO S’PALA, com Paulinho Andrade (Sax) e Luizinho Assis (teclados).
Mas, o livro de Charles estende-se além do registro das personas e dos idos e acontecidos na muvuca do balcão e das mesas do Berro. São preciosas para a Memória de Salvador as reminiscências de estabelecimentos icônicos como o Berro D’Agua Tabaris, o Maculelê, o velho Maciel, o Mirante do Belvedere da Sé, a Rua Chile, o Anjo Azul, o Balaio, o Barroco e outros points onde se reuniam artistas, figuras lendárias da cidade e monstros sagrados da boemia. E na ponta norte da Baía de Todos os Santos, o espírito irreverente e festivo do Porto da Barra é traduzido com relatos tocantes de personagens da “fauna baiana” que, sem a pena universal de Jorge Amado e, agora, com o livro “global-paroquial” de Charles Pereira, se desvaneceriam na Memória da Primeira Capital.