O Royal Memorial Hall, no Southbank Centre, em Londres, estava lotado ontem a noite para a apresentação do show Fé na Festa, mesmo nome da música e do novo CD de Gilberto Gil, totalmente dedicado aos festejos juninos. E foi com uma seleção impecável de forró, xotes, xaxados e baiões que o cantor, compositor baiano matou a saudade dos muitos brasileiros que compareceram ao evento (Festival Brazil) e dos ingleses, alemães, franceses, japoneses, holandeses entre outros que foram conferir como é que se dança o baião.
Falando em português e inglês, Gil reverenciou o Rei do Baião, Luiz Gonzaga, a quem chamou de mestre. Lembrou de Dominguinhos e do também pernambucano Targino Gondim, nascido em Salgueiro mas criado em Juazeiro na Bahia. A idéia de Gil era só cantar forró. E disso não abriu mão. Tanto assim que não atendeu ao pedido de um fã que pedia, insistentemente, para ele cantar Vamos Fugir. “Hoje não. O show é de forró, nada de grandes hits”. E continuou “levantando o poeirão”, no elegante teatro, onde, acreditem, é permitida a venda de cerveja. E a galera ficou ainda mais animada, deixando, no entanto, o local completamente limpo. Sem nenhum copo no chão ou nas cadeiras.
Depois do show, Gil, acompanhado de sua fiel escudeira, Gilda Matoso (assessora de imprensa) recebeu fãs, amigos e convidados. E, claro, que também como fã assumido que sou, fui lá dar um abraço e um beijo em “Seo Gilberto”. E também encontrei Gustavo de Dalva, o percussionista que faz a ponte entre o Asa de Águia e Gil, pois ele toca percussão tanto na banda de Durval quanto na do ex-Ministro.
Na mesma noite, Gil e todo o staff seguiram para Suiça onde o cantor se apresenta nesta sexta feira em Zurich, e prossegue, ainda em julho, nas cidades de Mezze (França) Mainz, Berlim e Bonn (Alemanha).