No dia 16 de abril de 2009, portanto lá se vão 12 anos, eu escrevi uma matéria para a edição impressa do CORREIO que depois foi para o online com o título “Prostituição tira Noite Baiana do Festival de Jazz de Montreux. Foi uma notícia muito ruim para a cena axé que perdia uma das maiores vitrines no mundo, justamente por fazer parte da grade do Montreux Jazz Festival na parte francesa da Suíça, que até hoje continua atraindo grandes artistas do rock ao pop passando por outros ritmos inclusive o jazz que foi a origem de tudo.
O Festival de Jazz de Montreux é o mais conhecido festival de música da Europa. Acontece anualmente durante o início do mês de julho em Montreux, às margens do Lago Léman. A primeira edição foi em 1967 e teve duração de três dias com a participação de músicos de jazz como Keith Jarrett, Nina Simone, Jan Garbarek e Ella Fitzgerald. No início, apenas um festival de jazz, a partir da década de 1970 passou a incorporar músicos de todos os estilos. Nos dois últimos anos foi suspenso por causa da pandemia.
O Inusitado era que o Brasil tinha duas noites. Uma dedicada ao que chamamos de Música Popular Brasileira onde se apresentaram Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa, Elis Regina, Hermeto Paschoal entre outros. A outra que oficialmente era chamada de Segunda Noite Brasileira, na verdade ficou conhecida como a Noite Baiana, por levar os astros estrela da axé music: De Luiz Caldas a Armandinho Macêdo passando pelo Chiclete com Banana, Ara Ketu, É O Tchan, Terra Samba, Harmonia do Samba, Cheiro de Amor, Timbalada, Carlinhos Brown, Asa de Águia, Margareth Menezes, Daniela Mercury, Ivete Sangalo, enfim praticamente todo mundo foi.
Dai o choque quando foi anunciado, oficialmente, o fim dessa noite conforme a reportagem que escrevi. Quer saber da história completa? Leia o Baú do Marrom no CORREIO online.
Foto: Luiz Caldas e Armandinho no Festival de Montreux em 1990 (Reprodução)