Márcio Victor fala sobre sua participação no novo disco de Caetano Veloso – Blog do Marrom

Márcio Victor fala sobre sua participação no novo disco de Caetano Veloso

Márcio Victor fala sobre sua participação no novo disco de Caetano Veloso

 
Caetano Veloso lança nesta sexta (22)  seu novo disco de inéditas, Meu Coco, produzido em parceria com Lucas Nunes, marcando sua estreia na Sony Music, depois de uma carreira toda construída na Philips e Polygram, atual Universal.  No time de músicos, um dos destaques  é o baiano Márcio Victor do Psirico, amigo de Caetano há muitos anos.
Em conversa com a coluna  e com o Blog, Márcio adiantou como foi o processo de gravação : “Eu fui convidado para gravar o disco de Caetano e foi muito bacana porque foi no meio da pandemia, e eu estava muito sem esperança com tudo. Eu achava que nada mais ia voltar no nosso setor. Mas como Deus faz a coisa certa sempre, no seu tempo, me mandou esse convite pra gravar o disco de Caetano. A gravação foi no Rio de Janeiro e Caetano pediu para o produtor musical dele, o Lucas, me chamar para gravar com eles. Eu já tinha uma vontade de trabalhar com Lucas também e foi muito bacana porque só tinha voz, violão e eu precisava dar a intenção rítmica do disco. lia abaixo a conversa na integra. Fala Márcio:

 

“Eu fui convidado para gravar o disco de Caetano e foi muito bacana porque foi no meio da pandemia, e eu estava muito sem esperança com tudo, eu achava que nada mais ia voltar no nosso setor. Mas como Deus faz a coisa certa sempre, no seu tempo, me mandou esse convite pra gravar o disco de Caetano”.
“A gravação foi no Rio de Janeiro e Caetano pediu para o produtor musical dele, o Lucas me chamar para gravar com eles. Eu já tinha uma vontade de trabalhar com Lucas também e foi muito bacana porque só tinha voz, violão e eu precisava dar a intenção rítmica do disco“.
“Foi muito bacana dividir isso com Caetano, porque a gente tem um entrosamento no olhar, no arrepiar da pele e eu consigo entender os gestos que Caetano faz com o corpo e consigo entender quando ele me chama para gravar uma faixa que fala do Líbano, e eu tive que tocar instrumentos do Líbano darbuka, derbak e os sinos isso pra é muito enriquecedor, sempre foi muito enriquecedor desde quando eu tocava com ele”.

 

“É um dos maiores prazeres da minha vida e eu pra sempre estarei disposto a gravar com ele porque é uma faculdade, um aprendizado e renova a nossa vontade de pesquisar mais sobre música, sobre cultura e sobre comportamento e sobre toda essa imensidão cultural que Caetano nos leva através da musica dele”.

“Foram duas faixas que gravei no Rio de Janeiro e logo depois ele chamou para gravar, já estava começando a voltar aos poucos as coisas , a pequenos shows e trouxemos para a Bahia a faixa que ele queria que eu gravasse e mais uma outra que fiquei de gravar um instrumento, porque aqui na Bahia eu tenho mais instrumentos mas condições de oferecer um campo de sonoridade maior e ainda chamei um reforço de mais alguns percursionistas pra dobrar comigo as percussões e um experimento muito da hora”.

E tem uma faixa também que a gente pôde gravar um samba reggae original, como era gravado antigamente, com baquetas de araçá e baquetas de vime que tocam os repiques, na época de Neguinho do Samba e Olodum era assim, e ai eu comprei essas coisas e os repiques com aro original como era na formação antiga do samba reggae do Olodum. A gente gravou essa faixa que ficou muito bacana. Um musica com uma mistura muito singela, muito linda, mas que entra aquela percussão do Olodum e essas possibilidades com Caetano existem só com ele eu consigo desenvolver tanta criatividade”.

Foto 1: Lucas Nunes, o ator João Vicente, Paula Lavigne, Caetano Veloso e Márcio Victor (Acervo Pessoal de Márcio)

Foto 2: Márcio Victor tocando na gravação do disco ((Acervo Pessoal de Márcio)