Em 1970 a assessora de Roberto Carlos, Ivone Kassu, me pediu para fazer fotos do show que ele estreava no Canecão. Eu não tinha uma lente adequada, ela me disse : peça emprestada a do gerente do Canecão, que depois, questionou a Ivone: como você manda uma pessoa fotografar Roberto Carlos que não sabe nem segurar uma máquina fotográfica! Acontece, e daí, RC escolheu esta foto para capa do seu LP. O importante é que emoções eu vivi! Parabéns, RC, vida longa e continue a nos emocionar! Jesus Cristo, Jesus Cristo eu estou aqui”.
Prestes a completar 82 anos dia 15 de outubro, e em plena atividade, ela acaba de lançar um dos livros mais comentados entre produtores, artistas e, claro, fotógrafos. É o “Thereza Eugênia Portraits 1970-1980” (Barléu Edições Limitadas), organizado por Augusto Lins Soares e prefácio do compositor, escritor, poeta e imortal da Academia Brasileira de Letras, Antônio Cicero, irmão da cantora Marina Lima.
Desde que chegou ao Rio de Janeiro em 1964, aos 25 anos, a vida de Thereza se transformou. A vivência com amigos baianos que também se deslocaram para o eixo Rio-São Paulo coincidiu com a efervescência cultural que tomava conta do Brasil nos anos 1960 e 1970, foi o ambiente ideal para ela entrar de corpo e alma na profissão de fotógrafa, em paralelo ao seu trabalho como enfermeira, e se transformar numa das profissionais mais disputadas e celebradas até hoje.
O mais intrigante é que só agora, depois de muitos pedidos e cobranças, depois que ela ativou sua conta no Instagram e começou a postar suas raridades, que, finalmente, chegou o livro que está dando o que falar, não só em elogios como em vendas.
E não é para menos. Em 192 páginas se encontra um painel da história da MPB. Tem fotos icônicas como a de Caetano Veloso com uma reluzente pena de pavão que aparece na capa, até uma Maria Bethânia com um ar sereno na contracapa e num raro momento de intimidade nadando na piscina. Leia a matéria completa no CORREIO online.