Quando as loiras baianas “invadiram” o Folianópolis e causaram uma confusão – Blog do Marrom

Quando as loiras baianas “invadiram” o Folianópolis e causaram uma confusão

Quando as loiras baianas “invadiram” o Folianópolis e causaram uma confusão

Ao lado do Fortal, em Fortaleza, e do Carnatal, em Natal, o Folianópolis (mais novo dos grandes carnavais fora de época) faz a trilogia das festas fora de Salvador preferida pelos foliões.

O Folianopólis tem uma particularidade. É realizada na capital dita ‘mais europeia’ do Brasil, num estado onde é muito forte a presença de alemães, italianos, russos, ucranianos e portugueses, estes principalmente dos Açores. Daí que os nativos da ilha de Floripa são conhecidos como “manezinhos”.

Outra curiosidade do Folianópolis, que acontece em novembro, é que as atrações são todas baianas oriundas da cena axé. Artistas e bandas de outros segmentos como sertanejo e o chamado forró eletrônico até tentaram se apresentar, mas nesse quesito, os organizadores são unânimes: micareta (como também é chamado o Carnaval fora de época) tem que ser animado por artistas do Carnaval de Salvador.

Esse diferencial fica realçado porque as atrações são do estado mais negro e miscigenado do Brasil. E assim tem sido ao longo desses 15 anos que possivelmente não serão comemorados agora por causa da pandemia.

A primeira edição ocorreu em 2006, nos dias 12 e 13 de maio, na Passarela do Samba Nego Quirido. O evento começou na sexta-feira com Ivete Sangalo a bordo do trio elétrico Maderada. No sábado, o Asa de Águia entrou na passarela no maior trio elétrico do mundo, o Dragão da Folia.

Há uns 10 anos (desde que passou a acontecer em novembro), eu costumo ir cobrir o evento a convite da ALL Produções, onde encontro os sócios catarinenses Dorani, Artêmio e Renato e os baianos Ney Avila, Cassio Franco e Flávio Maron.

O evento é muito bem organizado, além de Floripa ser uma cidade muito bonita e cheia de atrativos. Mas teve um ano que aconteceu uma cena muito engraçada e que eu sempre que conto aos amigos, todos dão risada.

Era meio da tarde quando estava voltando de um almoço para colocar o abadá e a credencial, e esperar a van que nos levaria para a festa que normalmente começa no início da noite. Eu costumo ficar hospedado no mesmo hotel onde o staff já me conhece e sempre sou bem tratado.

Quando me aproximei da recepção para pegar a chave do quarto, um funcionário muito simpático comentou: “Seu Marrom, estava querendo lhe ver para tirar uma dúvida.” Eu, como bom baiano, mandei: “Me diga!”  Saiba qual a dúvida e a minha resposta no Baú do marrom no CORREIO online
Ilustração: Luana Menezes
Foto: Divulgação