Sempre expressando gratidão aos mestres da música, o nosso cacique, músico e Embaixador Ibero-Americano para a Cultura, Carlinhos Brown, publicou em suas redes nesta sexta, 12, nota de pesar pela passagem do grande Chick Corea, pianista e revolucionário do jazz, aos 79 anos, vítima de um câncer raro. Um de seus trabalhos mais conhecidos foi o disco Return to Forever.
Com exclusividade para o Correio, Mestre Brown falou um pouco mais sobre sua visão de gratidão sobre os ensinamentos de Corea:
“Quando se tem música, os espíritos alcançam as estrelas e retornam em escalas fluentes de iluminação para o mundo.
Para o trio elétrico encontrar o seu caminho mais popular, precisou passar antes pela força da música instrumental. A força de músicos como Ernesto Nazareth, Waldir Azevedo, Altamiro Carrilho e muitos outros ligados ao Chorinho. O maior testemunho disso é a família Osmar Macedo. E depois, os grupos de Baile, que antes de qualquer ação de encontro popular, fazia suas aberturas baseadas em músicas instrumentais.
E as intuições musicais não escolhiam estilos. Então, misturávamos as escolas e escolhíamos os mestres George Duke ou o próprio Chick Corea, ou a fusão roqueira, jazzística de bandas como Jethro Tull ou Emerson, Lake & Palmer, e tudo mais que o mundo espelhava.
Nós que somos músicos, temos certeza: as notas transbordam e o farão renascer eternamente.”
Texto da publicação de hoje nas redes de Carlinhos:
“Chick Corea, o mestre das fusões, do jazz, dos timbres, das misturas, do amor pela música, silenciou. Mas esse silêncio é apenas uma pausa, porque sua música é contínua em tudo que nós fazemos. Seu experimentalismo, sua técnica, sua noção de música, vida e lições artísticas, nos fazem compreender que só os escolhidos podem frutificar no outro novas escolhas. Ele fez com que muitos da minha geração seguisse na música. Não existe, até aqui, ninguém que vá ao teclado sem levar algo de sua influência.