Ivete é jurada, do Brasil, em concurso mundial de música – Blog do Marrom

Ivete é jurada, do Brasil, em concurso mundial de música

Ivete é jurada, do Brasil, em concurso mundial de música

Para comemorar seus 125 anos, a Avon promove, pela internet, um concurso musical para mulheres em 60 países. Já na fase semifinal, 11 brasileiras estão na disputa. Uma delas é baiana, Rita Cristina Pithon Costa, de Vitória da Conquista. Fisioterapeuta, ela revende produtos da Avon para complementar a renda e aparece em vídeo no site www.avonvoices.com.br, interpretando a música I Look to You, de Whitney Houston. “Eu escolhi essa música porque ela expressa a superação de todo um sofrimento e revela a esperança de nos fazer pensar que alguém ou algo especial pode nos fazer levantar a cabeça e retomar nossa força”, justifica.

O perfil completo da candidata baiana está no link: http://www.avonvoices.com/pt-pt/profile/vR8gQZ . Os internautas podem votar nas candidatas a partir do dia 22. A votação também será feita por jurados especiais de cada país. No Brasil, Ivete Sangalo representa esse time, que conta ainda com a estrela Fergie como jurada nos Estados Unidos.

Junto com o anúncio da etapa semifinal do concurso, a Avon lançou uma nova linha de colônias, a Águas e Brisas, cuja estrela da campanha também é Ivete. O CORREIO foi ao Rio de Janeiro conferir o burburinho e teve acesso a uma entrevista exclusiva com a cantora, antes da coletiva de imprensa. Parte do conteúdo estará disponível no caderno Bazar&Cia, encartado domingo no CORREIO. Confira parte da exclusiva feita por Lívia Cabral, subeditora do caderno Bazar.

 

O que significa para sua carreira participar de um concurso mundial, ao lado de estrelas de outros países?

É um prazer muito particular me relacionar com artistas de várias partes do mundo. Mas o que eu acho mais bacana é me relacionar com um evento que eu poderia estar participando se não tivesse tido a oportunidade que eu tive na minha vida. Quantos bons artistas poderão, através desta campanha, se mostrar e fazer valer? A oportunidade que o Avon Voices dá é muito democrática, enaltece a mulher, a artista, o sonho, enaltece a conquista, o revelar-se da mulher…A Avon completa 125 anos e é uma empresa vencedora, então tenho certeza de que é um evento vencedor. Já pensou quem ganhar, que maravilha? Realizar um sonho e eu estar envolvida nisso? Isso transcende meus interesses particulares de carreira porque eu poderia estar na pele dessas mulheres.

Na etapa semifinal do concurso há 11 brasileiras. O que você acha que elas têm de diferente?

As brasileiras têm um carisma muito particular. Um artista não se constrói apenas com a voz, com técnicas. Acho que é humanamente percebido que as brasileiras, além do talento, têm um carisma que está no próprio jeito na gente. Sem falar na força musical que nós temos. O brasileiro se confunde com a própria música. A gente tem um poder musical rítmico e a mulher brasileira se revela.

Você acha que o fato de algumas brasileiras cantarem em Português no concurso as deixa em desvantagem em relação aos outros concorrentes?

Uma vez um repórter do New York Times foi fazer uma matéria comigo lá em Nova York. Ele assistiu ao show (Multishow ao vivo no Madison Square Garden) e elogiou muito na matéria dele, mas disse que teve uma coisa: “ela não foi compreendida porque cantou em Português na maioria das vezes”. Mas ele estava lá para assistir e esse era o meu objetivo, levar as pessoas ao show. Eu cantei em Inglês, em Espanhol e foi percebido que eu cantei também na minha língua. Isso tem uma coisa muito positiva. Não que eu não deva cantar em outras línguas, absolutamente, seria até inconveniente e ingênuo. Mas o que promove a arte é exatamente o encontro e não necessariamente a notoriedade que esse encontro possa ter.

Então é preciso mudar o conceito das pessoas?

O grande passo não é mudar, é se relacionar com aquela emoção. Colo de mãe é colo de mãe, você não pode pegar seu filho e colocar num banquinho para ele se balançar. Colo de mãe não precisa mudar, é aquela emoção ali. Então eu acho que a gente deve cantar em todas as línguas que a gente puder. É uma questão apenas de oportunidade e sintonia com aquilo. Mas eu não acho que as brasileiras estejam em desvantagem não, ainda mais essa nossa língua, que é um charme.

Já na entrevista coletiva, que envolveu a imprensa do Rio, Ivete respondeu com graça a pergunta sobre o afastamento de Jesus Sangalo da Caco de Telha. “Foi um boato. Na verdade ele foi para Juazeiro comprar Águas e Brisas. Tem um momento na vida que é preciso guardar um pouco do tempo pra si”, justificou. Como conselho para as participantes do Avon Voices, a cantora sugeriu não deixar de acreditar e concluiu: “Se ivirta com isso. É o que eu faço com meu trabalho”.