Nesta quarta-feira (6), há exatamente 15 anos uma matéria no jornal da TV Bahia e depois reproduzida nacionalmente pelo Jornal da Globo revelou para todo o Brasil um padre pop, um superstar. A celebração da Missa de Reis na Igreja da Lapinha, totalmente diferente dos cânones do catolicismo. Pároco da igreja, Padre Pinto, misturou elementos do candomblé das tradições indígenas e deu um show nível Broadway. Um fato que deu muito o que falar, como diz aquela bela canção de Roberto Mendes e Jorge Portugal “Só se vê na Bahia”. Foi uma “lacração” tão grande que a cidade se dividiu. Muita gente adorou. Mas teve gente, principalmente os católicos mais fervorosos, que repudiaram e chegaram a pedir a saída do religioso.
Foi o Verão de padre Pinto. Ele frequentou as festas, badalou o bastante. Eu tive oportunidade de entrevistá-lo na Transamérica FM quando fazia um programa com Zé Eduardo Bocão. Foi um sucesso. Até assessor de imprensa Padre Pinto tinha. Fora da paróquia da Lapinha e recolhido, ele morreu em 2019, dia 4 de abril, aos 72 anos. Mas ninguém esquece de sua missa bafônica. Nesses tempos duros como faz falta a alegria e a ousadia de Padre Pinto.
Foto: Arquivo da TV Bahia