Apesar de não ser da mesma geração, (quando eu comecei no jornalismo ele já era uma estrela), Valdemir Santana, ou Mimi como o chamavam os amigos mais íntimos, sempre foi um exemplo do bom jornalismo. Bem informado, texto leve, um papo agradável, não hesitei em convidá-lo para fazer parte da comissão julgadora do Troféu Martim Gonçalves que eu organizava nos anos 80 pela TV Aratu, então retransmissora da Globo. Eu estava dando os primeiro passos na carreira. Mas já conhecia o trabalho de Valdemir. Aliás ele foi o primeiro a assinar uma coluna GLS quando esse termo nem exista. Chamava-se Gato e Sapato. Na tribuna da Bahia.
Depois tive o prazer de trabalhar com ele no CORREIO logo que o jornal foi lançado e depois na Tribuna da Bahia. Voltamos a nos encontrar no CORREIO há uns 12 anos quando ele assinava a coluna social. Depois que saiu do jornal, apesar de não o encontrar frequentemente, tinha contato com ele, ou sabia de noticias suas quando ia cortar o cabelo no salão de Roberto Oliver, o Oliver Hair no Rio Vermelho no mesmo prédio onde Valdemir morava. De vez em quando amigos em comum como a produtora, dançarina e cantora Silvana Magda que mora em New York me perguntava como ele estava.
Há um tempo que eu não tinha noticias dele. Mas acompanhava diariamente sua coluna na Tribuna da Bahia. Até que hoje recebi a triste noticia via Isabela Larangeira. Foi um golpe. Valdemir era daqueles jornalistas de antigamente que iam em busca da noticia, apurando a veracidade como deve ser feito.Um câncer de pâncreas o tirou do nosso convívio.