Depois de uma questão judicial que se arrastou durante anos, enfim a cantora Márcia Short ganhou o direito de propriedade da marca Mel, uma das bandas mais marcantes do inicio da cena axé que estourou nacionalmente com hits imortais como Fará, Prefixo de Verão, Bateu Saudade, Baianidade Nagô, Protesto Olodum entre outras. A noticia foi publicada em primeira mão pelo site Bocão News de meu querido amigo Zé Eduardo. Leia abaixo:
“Justiça baiana concedeu à cantora Márcia Short o direito de propriedade da marca Mel, nome da banda que a projetou para o mundo na década de 80.
Um advogado que teve acesso aos autos explicou a situação: “Ela ganhou a marca. O juiz determinou que o INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) transferisse todos os registros para o nome dela. Isso já foi feito. Agora é só aguardar a anotação, a publicação, que pode levar entre 30 e 90 dias”.
Esse foi o resultado da ação trabalhista que tramita na 21ª Vara do Trabalho de Salvador, infrmou a artista ao BNews. “É uma ação conjunta minha e de Robson Moraes, onde pleiteávamos receber os tempos de trabalho e ganhamos em todas as instâncias”.
Márcia revela ao BNews que saiu da Banda Mel na década de 90 sem pensar em voltar: “Saí muito consciente e nunca me arrependi. Havia uma acordo trabalhista e durante muito tempo tentei conversar, argumentar, mas por falta de retorno, pelas humilhações que tivemos em diversas propostas, decidimos entrar na Justiça. A Justiça nos deu a marca como pagamento”.
A ideia é retornar com a banda, que lançou sucessos como “Prefixo de Verão” e “Baianidade Nagô”: “Agora pra transformar isso em dinheiro não há outra solução que não seja retomar a banda, a marca. Vamos retomar com um projeto bem pensado, com tempo da gente ficar e o tempo de apresentar uma nova formação. Vamos voltar com força total e estabelecer parcerias. Estamos abertos a conversar”.
Sobre a briga na Justiça com o ex-empresário, Márcia prefere deixar no passado: “Não guardo mágoas”. Porém, questionou como ele teria conseguido arrastar o processo por tantos anos, inclusive transferindo a marca para terceiros após uma dívida trabalhista posterior à dela. “Mas agora a justiça foi feita”, garante a artista”.