Edy Star, a onça sococó do pós-tropicalypse – Blog do Marrom

Edy Star, a onça sococó do pós-tropicalypse

Edy Star, a onça sococó do pós-tropicalypse

Meu querido amigo (e quem me levou para trabalhar na televisão a long long times a go), Carlos Borges, que mora há muitos anos nos Estados Unidos, atualmente em Fort Lauderdale (Flórida), me mandou esse texto delicioso sobre Edy Star a propósito do filme sobre o artista que será exibido no Canal Music Brasil.

 

“Edy, que sempre foi “star” mesmo antes de adotar o sobrenome artístico que o tornou famoso em todo o Brasil, já “causava” no auditório da TV Itapoan, em Salvador, em especial no no programa “Poder Jovem”, de Cidinho Seixas e Sonia Dias.
Alí, para espanto geral, Edy propunha “loucuras smetakianas” como uma “banda” que o acompanhava, composta de serrotes, latas d’água e outras mumunhas mais.
A inquietação vulcânica já era a marca registrada do cantor, compositor, agitador, drag queen e mito de uma geração que fez da transgressão sócio-moral-cultural a plataforma de esperança para um mundo menos careta e “normal”. Me sinto feliz em ter podido assistir a alguns desses momentos geniais – super tropicalistas e vanguardistas – de Edy, com quem (lamento) nunca tive proximidade maior.
Quando desembarquei no meio ele já estava saracoteando na Praça Mauá e entortando cabeças com seu legendário álbum “Edy Star”.
Lembrando que nesse álbum tem canções especialmente compostas para ele por Roberto & Erasmo, Gilberto Gil e etc. Tá nas redes da vida, é só pescar…
By the way: é melhor celebrar Edy em vida do que esperar ele virar purpurina. Porque o dito parece uma onça sococó, mais vivo do que nunca e, hoje, sabendo que suas sementes não foram plantadas em vão. Viva Edy Star, seminal, batatal, genial!

 

Carlos Borges
Focus Brasil Foundation