A noticia da morte de Nonato Freire nesta segunda-feira, aos 74 anos foi um grande baque para mim. Ator, diretor, compositor e produtor nascido em Ilhéus, Nonato era um amigo muito querido e foi uma das pessoas mais importantes do cenário artístico cultural da Bahia. Me lembro muito bem, eu, adolescente e começando minha carreira de jornalismo, conheci Nonato como figura fundamental do digamos assim “jet set cultural” da capital baiana. Ao lado da saudosa atriz Nilda Spencer eles eram os melhores e mais admirados anfitriões de Salvador. Não tinha artista ou personalidade que viesse a Salvador que não fosse encontrar com os dois. Nonato morava numa casa muito bem transada no Rio Vermelho ali perto de onde funcionou o hostel do ator Luis Fernando Guimarães.
Nos anos 70 e 80 ele foi um dos grandes agitadores da cena cultural da Bahia participando de filmes como “Caveira My Friend” (1970), de Alvinho Guimarães, e “Nem Tudo É Verdade (1986), de Rogério Sganzerla Abrigo Nuclear (1981) de Roberto Pires. Dirigiu um musical Reviravolta Travolta e chegou a ser citado numa reportagem especial da Revista Isto É dedicada a um dos verões de Salvador, citando a casa de Nonato como parada obrigatória de artistas e famosos que por aqui passavam. Ele também morou um tempo em Fortaleza onde fez muito amigos e nos ano 1990, abriu o bar Coração Materno, na rua Dragão do Mar nº 58 onde hoje existe o Centro Dragão do Mar.