Hoje dia 7 de julho marca os 27 anos da morte de Cazuza. Grande poeta de sua geração na música brasileira. E lendo um artigo muito bem feito de meu amigo Carlos Borges que colocou em sua página no Facebook me lembrei de um episódio ocorrido nos anos 80 do qual eu fiz parte indiretamente.
Estava produzindo o Troféu Martin Gonçalves que premiava os melhores do teatro baiano. Tinha uma dificil missão de substituir Carlos Borges seu criador que não estava mais na TV Aratu, então afiliada da Globo. A festa sempre acontecia num dos salões do Hotel Meridien. O convidado do ano foi o Barão Vermelho.
Festa linda, salão cheio tudo de bom. No dia seguinte recebo uma ligação da então RP ou gerente de eventos não me lembro bem a função. Era uma estrangeira, chamada Cristine Ianguas. Furiosa ela disse que não realizaria mais a festa no Meridien porque Cazuza tomou um porre e quebrou o quarto do hotel. Foi um auê. A TV teve que arcar com o prejuizo, Enfim.
Muitos anos depois quando Lucinha Araujo mãe de Cazuza lançou o livro Só as mães são felizes ela relata esse episódio. Ano passado, num almoço no apto de Gil e Flora, no Corredor da Vitória, fui apresentado à Lucinha. Ai me identifiquei dizendo que eu tinha sido o produtor do tal evento. Elegante como sempre Lucinha falou: “oh meu filho me perdoe, me desculpe”. Eu disse: que nada isso tem tanto tempo. E seu filho foi show. Essa foto foi tirada anos antes numa festa na casa de Caetano no Rio. Da esquerda para a direita: Caetano Veloso, Bruno Barreto, Paulinho Lima, Cazuza e eu.