Como a França joga neste domingo (3) pela Eurocopa e em dias de jogos da seleção as principais cidades se tornam área de segurança nacional, a policia maritima de Nice não permitiu que os fiés acompanhassem, mesmo na beira da praia, o barco que levou  com três ogãs o balaio com as oferendas para Yemanjá a Rainha do mar. Apesar de Nice ser um lugar tranquilo as autoridades preferiram a precaução, Por isso o cortejo desfilou por toda avenida que fica à beira mar, mas teve que se desfazer quando chegou à praia. Desse modo, o Babalorixá baiano Anderson de Oxalá recebeu os fiéis na beira da praia onde fez as obrigações inclusive jogando alfazema naqueles que se dispuseram a enfrentar o calor tropical da bela Riviera francesa.

Mas nem esse empecilho desanimou a multidão que durante duas horas percorreu o longo percurso com muita musica dança saudações e uma imensa felicidade de reproduzir do outro lado do Atlântico uma festa tão bonita quanto a Festa de Yemanjá que acontece dia 2 de fevereiro em Salvador, no Rio Vermelho. À frente a baiana Solange Barreto que há cinco anos promove o evento que está crescendo e chamando atenção. Desde às 11h da manhã (6h no Brasil) franceses, brasileiros, alemães e italianos entre outros já se aglomeravam na Place Garibaldi onde aconteceu a cerimônia que contou com a presença de autoridades locais, incluindo o Prefeito de Nice, com as baianas se paramentando com  a ajuda do babalorixá Anderson de Oxalá e da professora do Balé Folclórico da Bahia Nildinha Fonseca. Enquanto percussionistas baianos faziam o esquente outras charangas formadas por cariocas e franceses também promoviam a festa. Em seguida o babalorixa fez o tradicional abre caminhos para que tudo ocorresse bem como ocorreu. Em seguida, a bordo de um tuck tuck o balaio foi levado no meio do cortejo até chegar á praia onde houve a cerimônia. No final era visivel a cara de felicidade de todos que compareceram e vibraram mesmo com o sol escaldante que levou muitos banhistas a curtirem o Verão e o festejo na praia de pedras no lugar de areia. Mas explicaram que a pedra é mais higiênica, pois todo dia eles lavam. E realmente não se encontra um pedaço de papel ou saco e garrafa pet no local. Festas como esta em Nice, a Lavagem de Madeleine em Paris a de Nova York e a de Montreux na Suiça divulgam de forma positiva o nome da Bahia. Tudo feito com carinho dedicação e apoio quase zero. Não seria a hora do pessoal responsável pelo turismo na Bahia olhar esses eventos com mais carinho? Fica a dica.