“Mesmo admitindo e reconhecendo que Daniela foi de uma importância fundamental para a renovação do Carnaval na Barra, quando ela, mais uma vez visionária foi a primeira a encarar essse novo espaço, o Conselho do Carnaval ( Concar) decidiu por unanimidade que o circuito Barra/Ondina continuará se chamando Dodô. Enquanto o do Campo Grande/Aevnida também continuará se chamando Osmar. A proposta de mudança do nome do circuito foi da vereadora Vânia Galvão (PT), que durante sessão de votação defendeu a troca. Adolfo Antônio Nascimento, (Dodô) morreu em 1978 e completaria um século de vida em 2013. Osmar Macedo morreu em 1997. Para os mais jovens um pouco da história:
Dodô era expert em eletrônica e trabalhava construindo instrumentos de som e tocava violão estridente enquanto Osmar tocava cavaquinho, bandolim e guitarra havaiana e gostava de adaptar arranjos de músicas clássicas e populares ao ritmo quente da folia. Ele era ao lado do instrumentista paulista Poly um dos melhores tocadores de guitarra havaiana do Brasil. Dodô consertava instrumentos e os dois tocavam frevos pernambucanos e choros cariocas num conjunto amador chamado “Os Três e Meio”.
Em 1950, a pedido do governador da Bahia, Otávio Mangabeira, o bloco “Vassourinhas” de Pernambucano desfilou pelas ruas do Centro da cidade e causou uma grande animação no meio da população. Inspirado pela alegria contagiante dos pernambucanos, a “dupla elétrica” resolve subir a bordo de uma Ford de 1929 – com suas guitarras baianas e dois músicas na percussão -, e desfilam do Campo Grande rumo à Praça da Sé, mas como uma multidão os acompanhou foi impossível completar o percurso. O povão fez um verdadeiro “arrastão” da alegria até chegar na Praça Castro Alves. Estava se iniciando o fim do estilo antigo de Carnaval de rua em Salvador.
Fonte: Enciclopédia do Nordeste
Ouça esse clásico com Moraes Moreira em homenagem aos gênios