O Movimento Musical Alavontê está em celebração. Na tarde quarta-feira (17), Ricardo Chaves, Manno Góes, Magary Lord, Jonga Cunha e Ramon Cruz receberam a imprensa, na Enoteca Paula Gaya, para um conversa descontraída sobre o primeiro CD ao vivo do grupo. Gravado em 2015, durante um show para convidados na casa de amigos, em Salvador, o disco traz 15 faixas e reúne músicas inéditas e algumas canções que marcaram as carreiras dos integrantes e mexem com as memórias afetivas dos músicos e da plateia.
As músicas – que exaltam a alegria e refletem o espírito de coletividade e espontaneidade que envolve os Alavonteiros – passeiam pelos repertórios dos shows do grupo ao longo dos dois anos de existência. Entre os hits, destacam-se “Vou ficar Alavontê”, “Oba”, “Porto Seguro” e “Carnavalizou”, sendo essa última uma homenagem dos músicos ao movimento Furdunço, lançada no Carnaval deste ano. O CD ainda conta com as participações especiais de Durval Lelys, Adelmo Casé e Armandinho.
Para Ricardo Chaves, o CD registra um pouco da interação e intenções do grupo. Ele define o Alavontê como um projeto feito para divertir e homenagear a música baiana, onde todos compõem, tocam e cantam. “Gravamos este CD com o mesmo espírito que norteia os nossos projetos: promovendo convívio entre amigos, celebrando a música, a diversão e o descompromisso”, pontua.
O músico salienta a presença de alavonteiros importantes, como Durval Lelys, Armandinho e Adelmo Casé, e fala sobre o que diferencia esse trabalho do primeiro CD: “Esse CD ao vivo consegue mostrar a alegria do Alavontê em palco. Diferente do primeiro disco, que destacou nosso lado autoral, além das inéditas, temos neste álbum o resumo da realidade do Alavontê: um encontro de amigos. É o momento que a gente chama de segunda temporada. As pessoas que ouvirem o CD vão se divertir bastante, como já acontece em nossos shows”, ressalta Ricardo.
“Nos divertimos passeando por nossa história, pela história de cada um de nós e criamos uma linha de comunicação muito carinhosa com o público. Lidamos com memórias afetivas; dialogamos com os caminhos que nos fizeram artistas da Bahia. Neste disco ao vivo trazemos um pouco dessa experiência. Queremos compartilhar com os amigos nossas experimentações. Temos uma sonoridade própria, mais acústica, mas ao mesmo tempo com bastante peso. O Alavontê é nosso parque de diversões”, declara Manno Góes.
Jonga Cunha destaca que o momento é de muita alegria para os idealizadores. “O Alavontê é um grupo muito espontâneo, alegre e a gente jamais iria conseguir, em estúdio, passar o que é o nosso show, a nossa reunião no palco, tocando, bebendo. Nosso show é muito interativo; o nosso CD ao vivo é a nossa identidade, nosso cartão de visita que mostra o que é o Alavontê. É a nossa alegria dentro de uma bolachinha. Sábado, o show de Alavontê e Brown, será um momento de boas vindas ao CD”, comemora Jonga, referindo-se à apresentação conjunta com Carlinhos Brown, que ocorrerá no Museu du Ritmo no próximo sábado.
“Este cd é um registro do que se faz no show. Um repertório formado por inéditas e grandes canções da música baiana. Tem direito a lembrar do passado, curtir o presente e estimular o futuro através do nosso espírito de brincar”, afirmou André Simões, um dos fundadores do Alavontê.
Lançado de maneira independente, o compacto – que traz a foto de capa de Bell Safe e registros do show feitos por Felipe Oliveira – estará nas plataformas digitais e chegará às lojas especializadas em breve. (Ana Paula Macedo)
Foto: Genilson Coutinho