Antes do Carnaval começar, reinava uma espécie de baixo-astral. Todo mundo falando que seria o pior Carnaval da história, que a axé music, mesmo completando 30 anos, estava em baixa. Enfim, uma corrente negativa contra a cena baiana. Mas foram só os primeiros acordes serem ouvidos e o que se viu foi um dos melhores carnavais da história. A começar pelo sucesso do Furdunço. Mais uma vez, o brilho das cantoras, a beleza e elegância dos afros, a força dos bons camarotes (Expresso 2222, Licia Fabio, PlanetaBand e Nana, entre outros).

E três personagens que roubaram a cena: Alinne Rosa, com seu bumbum arrebatador, Márcio Victor e a superação depois de uma cirurgia (ele ganhou o prêmio de música do Carnaval com Xenhenhém) e o fenômeno Igor Kannário. E no bojo das boas notícias, três novos artistas que estrearam e fizeram bonito na folia. Vina Calmon, da Banda Cheiro de Amor, mostrou personalidade e segurança no comando de uma das entidades mas tradicionais da festa. Battata honrou o DNA da família que já tem Felipe Pezzoni como comandante da Banda Eva. E Rafa Chaves à frente do Chiclete com Banana. Este, com a maior responsabilidade de substituir Bell Marques, se saiu bem.