Com muito prazer fui convidado por Silvia Fran, da revista Alvo dos Famosos, que está nas bancas cujo destaque é a cantora Daniela Mercury para uma entrevista sobre minha carreira profissional. Para isso ela escalou um querido, ex-companheiro de redação, Léo Barsan. O danado chegou de mansinho e arrancou algumas coisas a meu respeito. A matéria ficou, como se diz agora “mara”. No inicio de janeiro o grande público terá a revista à disposição. Mas, antes, graças a gentileza de Silvia que disponibilizou o conteúdo via-e mail, divido esse belo trabalho com vocês.
50 tons de Marrom
Jornalista com 30 anos de carreira é xodó de artistas baianos consagrados
Por Leo Barsan
A riqueza de detalhes sobre o meio artístico baiano começou a ser construída quando ele ainda era um jovem estudante que morava na Liberdade, em Salvador. Osmar Martins tinha 17 anos. De repente, estava envolvido com o universo da música e de artistas da Boa Terra. “Entrei na Tribuna da Bahia, que queria fazer coisas novas e precisava de alguém para escrever sobre música. Fiquei inseguro, mas encarei”, lembra ele. Hoje, para encontrá-lo ao vivo e em cores basta chegar à redação do jornal Correio, na Federação. Lá está ele: Marrom.
Assim é conhecido um dos jornalistas mais queridos entre artistas da Bahia e do Brasil. Prova disso é a origem do nome pelo qual o rapaz é carinhosamente chamado. “Foi a própria Alcione (cantora)! Ela veio a Salvador fazer divulgação e começou a me chamar de ‘Meu Marrom’. Uma colega, na época, ouviu e começou a repetir. Aí, pegou”, diverte-se o colunista, blogueiro, radialista e apresentador.
Sim, Marrom é um profissional multimídia. Tem blog, assina coluna em jornal, faz um ‘Fuzuê’ na Bahia FM e também apresenta o Carnaval de Salvador na TV Bahia. Quase 30 anos de carreira – e de muito trabalho – lhe renderam bom relacionamento com artistas consagrados. Por exemplos, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Carlinhos Brown, Margareth Menezes, Saulo, Daniela Mercury e Ivete Sangalo. “Apesar disso, só vou na casa do artista se for convidado. Em camarim, fico no máximo três minutos por que ali é um espaço sagrado. Dou um beijo, faço um carinho e vou embora”, ressalta.
Como essa proximidade com os artistas não é pura badalação, Marromenfatiza: “A vida não é só festa. Para mim, fica mais complicado por que estou em um lugar onde todos gostariam de estar. Quem não queria? É o meu trabalho”. Por sinal, ele alerta, sua atividade é realizada com muita cautela. “Não publico nada sem checar. Tenho as minhas fontes e isso me dá muitas exclusivas, mas sei dos meus limites”, pondera.
A relação com o público também cresceu. “Na minha trajetória, tornei-me conhecido aos poucos, até apresentar o Carnaval na TV pela primeira vez. Em uma semana fiquei mais conhecido que todo o tempo que já estava no Jornalismo. Até autógrafo pedem, poses para fotos. No início, não sabia o que fazer”, diz Marrom, aos risos.
Embora com trânsito livre no mundo artístico baiano, o jornalista define-se como “bastante reservado” e afirma não se interessar pela vida particular dos artistas. “Acho que a vida pessoal não deve ser exposta e não tenho o direito de fazer isso. Sempre pautei o jornalismo de informação. O que me interessa é o artista do palco”, assegura. Mas, cá entre nós, Marrom sabe ou não sabe de uns babados dos bastidores? “Sei de muitas coisas… Impublicáveis, inclusive”, responde, às gargalhadas.