PercPan terá Poesia Afrobeat – Blog do Marrom

PercPan terá Poesia Afrobeat

PercPan terá Poesia Afrobeat

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Um dos convidados da 20ª edição do PercPan – Panorama Percussivo Mundial, o poeta Nelson Maca apresenta a performance CandomBlackesia no último dia do evento, domingo (dia 27), a partir das 19h, no Terreiro de Jesus.  Com o tema Das Matrizes às Batidas Contemporâneas, a noite vai ser pautada por atrações que fazem o cruzamento entre as matrizes rítmicas tradicionais, com ênfase no candomblé, e seus desdobramentos na música contemporânea, em gêneros como o funk e o rap.

Dentro desta concepção, CadomBlackesia une os poemas de Nelson Maca com a percussão de Jorjão Bafafé e o trompete de João Teoria, explorando os ritmos orgânicos da língua e as gestualidades do corpo, em diálogo interativo com a base da percussão afro-baiana – popular e religiosa – e comentários sonoros do jazz e funk-soul. “Os poemas fazem parte da denominada ‘oralitura’ e trazem para o festival, além de temas contundentes do movimento social negro, elementos estéticos da poesia do slam, dub-poetry e rap”, explica Nelson Maca, que comanda o Sarau Bem Black .

Prestes a lançar o livro Gramática da Ira, ele  selecionou poemas que simbolizam bem as expressões do canto falado. A apresentação é dividida em três partes, que fazem uma  saudação aos orixás Exu, Xangô e Oxalá, respectivamente. Poemas como Encruzilhada, Matança e O Respeito são embalados pelas batidas vigorosas de Jorjão Bafafé – que tem uma longa trajetória na música baiana e coordena o bloco afro Okánbi – e pelas sonoridades de João Teoria, músico que acompanha vários artistas e atualmente integra a Orkestra Rumpilez e o grupo Skanibais.

A performance CandomBlackesia integra a Jam comandada pelo DJ paulista Cia e pelo percussionista baiano Gabi Guedes, um dos destaques da última noite da edição comemorativa do festival, que começa na sexta, dia 25. “Acompanhei grande parte da história do PercPan da plateia. Por isso,  tenho grande expectativa em estar em cena pelo outro lado,  além de ser uma honra representar a poesia preta neste grande evento”, afirma Maca.  (Ana Cristina Pereira)