Saulo gravou DVD em noites de festa e poesia – Blog do Marrom

Saulo gravou DVD em noites de festa e poesia

Saulo gravou DVD em noites de festa e poesia

Poesia: remédio para a alma. Foi com esse pensamento que Saulo surgiu na Concha Acústica do TCA lotada no sábado e no domingo para gravar seu primeiro DVD solo. Na entrada, cápsulas recheadas com trechos de poemas do cantor eram distribuídas, numa prévia do que viria depois. No palco preferido, escolhido por ele porque “tem essa coisa de parecer uma boca te engolindo, o povo te engolindo”, a cenógrafa Renata Motta montou um paredão feito com caixotes de madeira, daqueles de feira, onde imagens eram projetadas e que lembrava uma favela. Ideia de Saulo, que participou de todos os detalhes, inclusive do figurino, idealizado pelo stylist Sandro López, que convidou os estilistas baianos Jorge Nascimento, Luciana Galeão e Márcia Ganem para vestir o cantor, e Vinícius Cerqueira para fazer as roupas da banda.

A gravação foi dividida em três momentos. No primeiro, Raízes, Saulo sentiu, logo na primeira música, que aquilo era de verdade. Para sua surpresa, a inédita Raiz de Todo Bem foi cantada pelos fãs, muitos usando camisetas com seu nome e sua foto. “Foi chocante para mim, o queixo tremeu”, disse. Na sequência, a estourada Preta ficou na voz do público enquanto Saulo interagia com um balé (que voltou em outros momentos). Em Niuma, sexta e última canção do bloco, o cantor recebeu, no domingo, Davi Moraes e Cesinha.

O segundo momento, batizado de Trovador, trouxe o Saulo poeta, romântico. Acompanhado de cordas no início do bloco, ele relembrou Tão Sonhada e Anjo. Esquadros, conhecida na voz de Adriana Calcanhoto, ganhou levada de samba reggae. Para cantar O Mundo Estava em Guerra, recebeu seu compositor, Alexandre Carlo, do Natiruts, também no domingo. União, gravada no sábado com a presença de Ivete Sangalo, também marcou. “Só estou aqui (no palco) porque sou cantora, mas meu lugar é aí com vocês”, disse Ivete antes de gravar sua participação mais uma vez a pedido do diretor do DVD Elísio Lopes Jr.

Da Massa, terceiro e último momento, ferveu a “pipoca da Concha”, formada por baianos e temperada por mineiros, paulistas, cariocas, cearenses, piauienses, alagoanos e sergipanos, que marcaram presença nos dois dias de gravação, esgotando os ingressos. Todos juntos pulando ao som de Ginga do Reggae, Bárbaro Doce Negro, Rua 15, Vú e Agradecer. Depois, ainda rolou bis só com as melhores dos 16 anos de carreira, como Duas Medidas, Circulou, Não Precisa Mudar, Lugar de Alegria, misturadas com sucessos de outros artistas, como Dançando, de Ivete, e Rosa, do Olodum. No final, Saulo, abraçado aos seus companheiros de banda, agradeceu ao público. Agora, começou pra valer. (Gabriela Cruz)