Domingo (3) ocorrerá a IV Caminhada de Xangô às 7 horas, com concentração ao lado do Campo da Pronaica ou Fundação Bradesco Cajazeiras X, organizada pela Associação Pássaros das Águas. Qual o objetivo da caminhada? Em 2005, quando a Avenida foi inaugurada a pedra ficou em evidência e se iniciou a especulação imobiliária naquela região. Assim, alguns terreiros de Cajazeiras se reuniram e criaram a Associação Pássaros das Águas que em 2010 resolveram entregar um Amalá em forma de procissão no segundo domingo de fevereiro, em prol da preservação da Pedra. Pois, existia, e ainda existe, o receio de que o Otá seja explodido em virtude especulação imobiliária.
Começou então a ser pleiteado o tombamento do Otá, como Patrimônio Cultural e Religioso.
Em 2012 com a aproximação da historiadora Juliana Santos, foi possível iniciar uma pesquisa para comprovar a existência de um Quilombo por nome Urubu, na região de Cajazeiras e adjacências. Daí a importância da preservação do Otá como patrimônio cultural da Bahia, já que ele representa a história da população de Cajazeiras, bem como a história da Bahia, concebida através do processo de resistência negra à escravidão imposta “A nossa vontade de fato e efeito é tombar o Otá e seu entorno” Diz Mãe Iara de Oxum. (Delfino Luciano)