O poder de fogo da estrela na música e na televisão – Blog do Marrom

O poder de fogo da estrela na música e na televisão

O poder de fogo da estrela na música e na televisão

Ivete Sangalo vai completar 40 anos domingo. Prestes a estrear como a personagem Maria Machadão no remake da novela Gabriela, de Walcyr Carrasco, baseado no romance homônimo de Jorge Amado, a artista procura conciliar o trabalho de artista com o papel de  mãe dedicada a seu primeiro filho, Marcelo, 2 anos.
O garoto é fruto de seu casamento com o nutricionista Daniel Cady, com quem ela pretende ter outros filhos. Com uma movimentada agenda de shows, que inclui apresentações em vários estados e no exterior, Ivete, aos poucos, vê sua carreira de atriz ganhar um grande impulso. Recentemente, ela protagonizou um episódio da série As Brasileiras, e participou da novela Cheias de Charme, ambas na Globo. Enquanto grava o novo CD de carreira e divulga o DVD gravado com Gilberto Gil e Caetano Veloso, ela conversou com o CORREIO e falou sobre vários assuntos.
Quando você recebeu o convite para gravar o especial com Caetano e Gil, qual foi sua reação? E como imaginou que seria esse encontro?
Imagine aí você dividir um palco com Gil e Caetano? Eu fiquei assim (risos). Foi um misto de ansiedade, orgulho, vontade de chegar lá e fazer o melhor. Desde pequena, Gil e Caetano sempre foram dois artistas que estiveram presentes na minha vida, seja ouvindo em casa com a família, ou como influenciadores do meu trabalho mesmo. Suas músicas sempre fizeram parte da minha história, como fã. De repente eu ia fazer um show com eles. Esse foi, sem dúvida, um dos muitos presentes que eu ganhei na minha carreira.
Como foi feita a escolha do repertório? Você deu alguma sugestão?
A ideia era homenagear a mulher brasileira, e todas as canções trazem essa referência. Seja ao falar do corpo, da alma feminina, ou simplesmente ao tratar do romantismo, dos relacionamentos.
O resultado final foi como você esperava? Superou sua expectativa ou ficou um gostinho de que faltou alguma música?
Não faltou absolutamente nada. Todo o trabalho de direção foi impecável. É claro que a música brasileira, sobretudo quando se fala de Gil e Caetano, tem um repertório imenso de composições belíssimas. Mas, dentro do tempo que a gente tinha para fazer o especial, conseguimos um repertório enxuto, bacana, com músicas que contam histórias belíssimas. Sou só elogios (risos)!
Vocês pensaram em realizar esse show em algumas capitais como São Paulo, Rio e Salvador, por exemplo?
Ele é um projeto pensado para televisão, um especial de fim de ano para TV. Fazer dele uma turnê depende de conciliar agendas, essas coisas.
Em meio ao lançamento desse trabalho e a gravação de seu novo CD, você está atuando no remake de Gabriela. Só que, agora, você  viverá Maria Machadão, um personagem maior do que em As Brasileiras. Já na novela Cheias de Charme você foi Ivete Sangalo. Como está sendo viver essa nova experiência de interpretar uma personagem marcante, da obra de Jorge Amado?
Em As Brasileiras, eu interpretei um personagem, a Raquel. Foi um trabalho de atuação mesmo, de me desconstruir e entrar em um personagem. Isso serviu de base pra esse trabalho agora, porque eu vivi a rotina de uma gravação. A diferença é que agora é um trabalho maior, uma mininovela. Para mim,  tá sendo maravilhoso ter contato com isso e viver essa experiência, principalmente se tratando de um personagem de Jorge Amado, que eu sou uma superadmiradora. Não só por ser algo que representa e fortalece a nossa cultura, mas também pelo fato de eu estar me inovando enquanto artista, tendo contato com outras formas de trabalhar a arte, a criatividade…
É algo que me engrandece muito.
A cantora Ivete Sangalo pode virar a atriz Ivete Sangalo ou as duas podem conviver numa boa?
Viver essa experiência de atuação é maravilhoso e me fez perceber uma possibilidade a mais na minha carreira. Mas eu sou cantora, é o que eu sempre fiz e é o que eu amo fazer e quero continuar fazendo. Havendo outros convites e a possibilidade de ajustar à agenda, eu topo na hora! (risos). O contato com esse universo da dramaturgia é mágico, mesmo. No final, uma carreira acaba auxiliando a outra de alguma forma.
Foto Angeluci Figueiredo

Entrevista publicada na edição impressa do jornal CORREIO edição desta sexta-feira(25)