Esta simpática senhora de cabelos brancos que eu estou abraçado é a professora Ariana. Uma grande mestra que comandou, durante anos, o setor da Biblioteca, um dos muitos componentes da Escola Parque. Ou melhor do Centro Educacional Carneiro Ribeiro, obra do genial educador Anisio Teixeira que engloba as Escolas Classes 1, 2, 3, 4 e a Escola Parque. O centro da arte, cultura, lazer, informação.
Pois é minha gente. Foi lá que estudei durante o primário e o ginásio. E agora em 2010, a Escola Parque, considerada escola modelo do Brasil, da América e até do mundo, está completando 60 anos. Na verdade foi no dia 21 de setembro. Foram feitos vários eventos comemorativos. O último aconteceu nesta segunda-feira, no Teatro Castro Alves.
Uma das diretoras da Escola, Maria José Neres (na foto abaixo com a filha), descobriu que eu tinha estudado lá e, gentilmente, trouxe até a Rede Bahia o convite para eu participar da solenidade. Fui sem saber o que me aguardava. É claro que eu não conhecia 90 por cento das pessoas presentes. Muitas das quais estudaram lá nos anos 50 quando eu nem sonhava em nascer. Por foça da televisão e do jornal, fui reconhecido por muitos ex-alunos. Carinhosamente alguns se dirigiam a mim e falavam: você não é Marrom da televisão?
Mas para minha alegria, em meio a tanta gente simples e feliz, com a festa, encontrei professora Ariana. Hoje com 89 anos, lúcida, forte, elegante e sempre firme como ela dizia “eu era temida, mas era amada”. Com certeza. E durante três horas das 15 às 18h, foi exibido um documentário sobre a vida e obra de Anisio Teixeira e depois teve exibição do coral, do grupo de dança, de teatro, enfim tudo o que a escola oferece. Uma festa como faço questão de ressaltar simples, bonita, emocionante. Que me fez, como diz aquela música de Violeta Parra Volver a los 17″.