Por que eu digeri a derrota do Bahia – Blog do Marrom

Por que eu digeri a derrota do Bahia

Por que eu digeri a derrota do Bahia

Nenhum torcedor que se preze fica contente quando seu time perde. E é claro que eu, torcedor do Esporte Clube Bahia, não fiquei nem um pouco satisfeito com a derrota diante do Vasco da Gama. Os 2 X 0 aplicados pelo time carioca colocaram o Esquadrão de Aço na zona de rebaixamento – “pé de pato, mangalô três vezes”. Mas, por outro lado,  confesso que só não me aborreci mais porque quem está treinando o Vasco é um baiano sangue bom. E que eu conheço de muitos Carnavais: Cristovão Borges.

Cria do Bahia, ele assumiu o Vasco depois que  Ricardo Gomes sofreu um AVC. Em entrevista a Herbem Gramacho, publicada na edição do último  domingo do CORREIO, Cristóvão revelou a felicidade de estar em Salvador para saborear a moqueca de peixe de  sua mãe, Valdelice. E falou também dos tempos em que freqüentava o Zanzibar, nos anos 80.

Aí me veio a lembrança desse fantástico bar, restaurante e ponto de encontro de uma turma esperta. Gente famosa como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Sandra Gadelha (Drão), Vovô do Ilê Aiyê, Sylvia Patricia, Jussara Silveira, Leticia Muhana  e o próprio Cristóvão, que fazia sucesso não só como jogador mas como uma espécie de galã. Sempre elegante e charmoso.

 O Zanzibar tinha  sua própria turma, amigos como Fábio Pestana, Bebete Martins, Amaury Oliveira (Bi Produções), Fabíola Mansur, Dodoia, Isabela Larangeira e sua irmã Cau,  Moisés e Pedro Santana, entre muitos. E, claro, este escriba, que já era conhecido como Marrom.

Eu vivia no Zanzi, como a gente chamava aquele lugar mágico localizado no bairro do Garcia. Era uma festa, com suas comidas e bebidas africanas. Ana Célia e seus irmãos Neide (homenageada por Gil na música Lady Neide), Danda, Macalé e Bené também estavam sempre presentes.  Por essas boas lembranças, digeri a vitória do Vasco.

Mas que o Bahia tome tenência e não vá encontrar o Vitória na segundona. Aí o bicho vai pegar. Ah!, o Zanzibar hoje  funciona na Federação, mas sem aquele romantismo dos anos 80. (Osmar Marrom Martins)

artigo publicado no Guia Correio encartado na edição do CORREIO desta sexta-feira(28)