O comentário de Hagamenon Brito sobre o show de Ivete Sangalo no Rock in Rio – Blog do Marrom

O comentário de Hagamenon Brito sobre o show de Ivete Sangalo no Rock in Rio

O comentário de Hagamenon Brito sobre o show de Ivete Sangalo no Rock in Rio

Ivete Sangalo em ação no palco do Rock in Rio: a cantora pop baiana mostrou que pouca gente na música brasileira atual sabe comandar 100 mil pessoas como ela (foto/divulgação)

A Ivete o que é de Ivete – a cantora baiana brilhou como uma verdadeira estrela pop na noite de sexta-feira (30/9) no Rock in Rio, mostrando ainda que não existe preconceito contra artista(s) da axé music quando o mesmo tem talento,  experiência, carisma e muita personalidade para flutuar acima de quaisquer rótulos. O resto é complexo de inferioridade e conversa para boi dormir e alimentar o gigantesco circo midiático da atualidade, sobretudo na internet.

Com show/postura adequado ao palco do Rock in Rio, incluindo uma ótima banda com peso e maior acento nas guitarras que se destacam na mescla de batuque afro-baiano e suingue pop funk, ela já entrou no palco como se fosse uma versão feminina e axé de George Clinton. A imagem, no telão, do Cristo Redentor, foi mais uma arma para conquistar 100 mil pessoas de cara. E foi o que aconteceu com hits como Acelera aêAbalouFestaSorte grande (quando pegou a câmera de um cinegrafista e brincou) e Não quero dinheiro (Tim Maia).

De terno branco e prata (um pouco no estilo Las Vegas), sem trocar de roupa e sem mostrar as pernas, Ivete em alguns momentos conversou com a multidão como se estivesse numa casa de espetáculos para 5 mil pessoas, digamos. Segurança, naturalidade e entrosamento perfeito com a plateia, que tão bem a acolheu. A alta voltagem só diminuiu quando a artista se arriscou ao piano com Easy, sucesso de Lionel Richie; e ao violão com More than words, balada do Extreme.

Além do empolgante show (um dos mais marcantes da carreira de Ivete, vide sua emoção no palco), a cantora merece também elogios por outros dois momentos seus neste Rock in Rio. Primeiro, pelo comportamento espontâneo e sem afetação de show business nos bastidores de sua visita, apenas como fã, ao mestre da soul music Stevie Wonder, na quinta-feira. É assim que se faz.

Segundo, pela participação especial no show da pop star Shakira, já nesta madrugada, quando cantaram País tropical, de Jorge Ben Jor. Ela foi chamada assim por Shakira: “Quero convidar uma deusa para cantar comigo. É um prazer dividir o palco com ela. Com vocês, a rainha, minha amiga Ivete Sangalo”.