Seu nome de batismo era Oscar da Penha, mas todos só o conhecem como Batatinha. Ele nasceu em Salvador no dia 5 de agosto de 1924, portanto se vivo estivesse comemoraria 100 anos. Ele morreu aos 72 anos, após gravar o último disco, no dia 3 de janeiro de 1977. Cantor, compositor ele faz parte de uma geração de sambistas baianos que inclui os saudosos Ederaldo Gentil, Riaçhão, Panela e em atividade Edil Pac heco, Walmir Lima entre outros. Seu Batata como também era chamado. Pai de nove filhos, Batatinha trabalhava de dia como funcionário público na Imprensa Oficial da Bahia e, à noite, como tipógrafo no Diário de Notícias. A casa em que morou, na Ladeira dos Aflitos, em Salvador, foi transformada em um centro cultural que tem o seu nome.
Ele gravou suas primeiras composições na Rádio Sociedade da Bahia e nessa época conheceu Antonio Maria, grande compositor e bastante influente na época, a quem apresentou seu primeiro samba “Inventor do trabalho”. Esse mesmo Antônio Maria, lhe deu o apelido que acabaria o acompanhando pelo resto de sua carreira – “Batata”, que, na gíria da época, significava gente boa.
Quando Jamelão gravou sua composição “Jajá da Gamboa”, em 1960, chamou a atenção de Maria Bethânia que se tornaria sua fã e acabou gravando algumas de suas músicas como “Diplomacia” (de Batatinha e J. Luna) “Só Eu Sei” (também com J. Luna), “Toalha da Saudade”, “Imitação” e “Hora da Razão”, sendo que as duas últimas foram incluídas em outro grande espetáculo da cantora, Rosa dos Ventos, de 1971.
Batatinha foi homenageado por Paulinho da Viola, que compôs para ele “Ministro do Samba”, em 1973. Em 1996, os compositores baianos Paquito e J. Velloso (sobrinho de Caetano e Bethânia), depois de longos encontros com o sambista, começaram a organizar um disco em sua homenagem, o qual acabou sendo lançado somente um ano depois de sua morte, em 1997. Batizado de Diplomacia, o CD reuniu 17 canções interpretadas pelo compositor e convidados, como Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil e Maria Bethânia.