“Muito prazer, eu sou Zezé, mas você pode me chamar como quiser” – Blog do Marrom

“Muito prazer, eu sou Zezé, mas você pode me chamar como quiser”

“Muito prazer, eu sou Zezé, mas você pode me chamar como quiser”

Atriz premiada e um dos nomes mais importantes do movimento negro no Brasil, Zezé Motta – cujo nome de batismo é Maria José Motta de Oliveira – também faz bonito no campo da música. Ativa e atuante aos 80 anos completados recentemente (nasceu em 27 de junho de 1944, em Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro) lançou seu primeiro disco solo em 1978. Ou seja, há 45 anos ela chegou esbanjando sensualidade com uma voz firme e um repertório de responsa. Grandes nomes da música brasileira cederam canções que caíram como luvas em sua voz. Entre eles, Chico Buarque, Caetano Veloso, Moraes Moreira, Gilberto Gil, Rita Lee e Luiz Melodia em parceria com o baiano Ricardo Augusto.

Mesmo passadas mais de quatro décadas, esse primeiro registro até hoje é considerado um disco de qualidade não só musical como gráfica: a capa dupla mostra uma Zezé exuberante. A cantora abre o disco cantando uma canção de Rita Lee e Roberto de Carvalho que diz: “muito prazer eu sou Zezé”. Na sequência, tem Magrelinha do saudoso Luiz Melodia. Com o mesmo Melodia, fez dueto em Dores de Amores. Rita Baiana leva a assinatura de John Nesching e Geraldo Carneiro. De Chico Buarque e Francis Hime ela canta Trocando em Miúdos (“eu lhe vou deixar a medida do Bonfim não me valeu”) e Caetano Veloso mandou Pecado Original (“mas a gente nunca sabe o quer mesmo uma mulher”). Outro saudoso, Moraes Moreira, compareceu com a música Crioula. Gilberto Gil mandou Baba Alapalá.

Foto: Zezé Motta (Divulgação)