A paulistana Miriam Ângela Lavecchia foi a única mulher a fazer parte do LP Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das Dez (1971), com Raul Seixas, Sergio Sampaio e Edy Star – esse último, o único ainda vivo dos quatro. Por sua habilidade musical para extrair sons percussivos com as mãos e sua voz alegre que usava para cantar/contar suas histórias, ela ficou conhecida como Miriam Batucada. Essa cantora, compositora, comediante, lésbica, feminista, e de uma família sem tradição musical acabou se tornando um dos ícones de São Paulo. Viveu os 47 anos intensamente, mas morreu de forma dramática, sozinha no apartamento. O corpo só foi achado 20 dias depois. Tudo isso está no livro A história Incompleta de Miriam Batucada (selo Popessuara, www.letraevoz.com.br/popessuara/), que o escritor, historiador e comunicólogo paulista Ricardo Santhiago está lançando. Em paralelo, sai também o álbum Infiel, Marginal e Artista, com suas composições interpretadas em versões personalíssimas por Zeca Baleiro, Maria Alcina, Cida Moreira, Edy Star e outros.