“1798 – Revolta dos Búzios” filme do cineasta baiano Antônio Olavo tem pré-estreia em São Paulo – Blog do Marrom

“1798 – Revolta dos Búzios” filme do cineasta baiano Antônio Olavo tem pré-estreia em São Paulo

“1798 – Revolta dos Búzios” filme do cineasta baiano Antônio Olavo tem pré-estreia em São Paulo

O filme “1798 – Revolta dos Búzios”, do cineasta baiano Antônio Olavo, com pré-estreia seguida de debate neste 28 de maio, às 19h30, no Espaço Augusta de Cinema, na rua Augusta, em São Paulo, pode ser considerado um ‘panfleto histórico’, sob influência direta da Revolução Francesa – ocorrida nove anos antes. A partir do dia 30, o filme estará em exibição em salas de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Brasília e Recife. Em Salvador, além do Cine Glauber Rocha, na Sala de Arte e nos cinemas dos Shopping Barra e Paralela.

Algo como a ação dos revoltosos que protagonizaram essa história, ao colar cartazes em locais de intensa movimentação no centro da Salvador do final do século XVIII. Sim, a convocar para um Levante contra o opressivo governo colonial, tal qual a ameaça de tirania que ainda paira sobre nós. A “Revolta dos Búzios” traz à cena a conspiração promovida por homens negros, pardos e brancos em luta por liberdade, democracia e pelo fim do regime escravocrata. Mas essas páginas foram, senão arrancadas, invisibilizadas do livro maior da história no Brasil.

Agora, ao viabilizar nas telas de cinema esse episódio dramático, após mergulhar em pesquisa profunda sobre autores que se debruçaram sobre o tema e, notadamente, nas duas mil páginas das devassas levadas a efeito em perseguições, prisões, torturas e condenações à forca, com esquartejamento dos corpos de quatro negros, dentre os 76 personagens envolvidos na conspiração, Olavo resgata a primeira iniciativa de superar as desigualdades raciais e econômicas, desde então predominantes no Brasil.

A longa madrugada que se estenderia por 15 meses a convulsionar a vida política na Bahia, como demonstrada no filme, ganha lugar de reflexão. Seja sobre sua atualidade, seja enquanto retomada do fio evolutivo da historiografia nacional sobre os movimentos de libertação do opressivo sistema escravagista.

Movido por uma obsessão, a de compor uma trilogia cinematográfica sobre as revoltas negras na Bahia – com a dos Malês (1835) e a Sabinada (1837-1838) – Antônio Olavo – 12 curtas e 7 longas depois, sem cessar sua produção cinematográfica – redime do lapso a história nacional no tocante a esse episódio, subjugado e traído como toda revolução.

 

Produção e Distribuição

A produção do filme teve apoio da ANCINE, FSA, BRDE, Governo do Estado da Bahia, Secretaria de Comunicação Social do Estado da Bahia, Instituto de Radiofusão Educativa da Bahia – IRDEB e da TV Educativa da Bahia.

O projeto de distribuição do filme foi contemplado nos Editais da Paulo Gustavo Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, através da Secretaria de Cultura via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura e Governo