Quando o Folianópolis surgiu, os produtores, empresários e artistas comemoraram por dois motivos. Primeiro por ser mais uma micareta o que significava ampliação do mercado de trabalho. Segundo e mais importante foi o evento ser no sul do país onde o axé nunca tinha entrado. Ao longo dos anos o evento foi crescendo, enfrentando dificuldades naturais até se consolidar como uma micareta diferenciada, na qual o folião pagava pelo dia com direito a sair com todas as atrações. Nada de Bloco. Apenas o trio elétrico e o artista ou banda.
Quando a axé começou a perder força, as outras grandes micaretas começaram a convidar cantores e duplas sertanejas, forrozeiros, arrocheiros, entre representantes de outros ritmos. O Folianópolis resistiu e manteve-se fiel. Aqui só axé. E continua assim até hoje. Seus produtores resistiram e continuam resistindo até a grandes nomes da música brasileira que queriam participar da festa.
Por isso, hoje quando se fala na crise do axé, o Folianópolis é visto como o último porto seguro dos baianos. E o interessante é a sinergia entre duas cidades completamente opostas. Talvez essa seja a razão do sucesso. Florianópolis é a capital mais europeia do sul do Brasil com uma população predominante branca. Salvador a mais africana com uma população formada por pretos, pardos, mulatos e mestiços.
Para entender como essa fórmula deu certo, o Baú do Marrom conversou com um dos sócios catarinenses do evento. Artemio Zigler Stefanski Junior, um descendente de polonês que ao lado de Doreni Caramori e Renato Galo Brito comandam a produtora All Eventos. Do lado baiano há os sócios Nei Ávila, Flávio Maron, Lucas Cardoso e Cássio Franco. Leia matéria completa no @correio24horas impresso e online.
Foto 1: os sócios catarinenses: Artêmio, Doreni e Renato
Foto 2: Artêmio o entrevistado