Cineastas de “É d’Oxum – A força que mora n’água” embarcaram para Festival de Cinema na Colômbia – Blog do Marrom

Cineastas de “É d’Oxum – A força que mora n’água” embarcaram para Festival de Cinema na Colômbia

Cineastas de “É d’Oxum – A força que mora n’água” embarcaram para Festival de Cinema na Colômbia

A equipe de “É d’Oxum – A força que mora n’água” formada por Ondina Duarte, Sol Moraes, Day Sena e Cássio Nobre filme que homenageia 50 anos de carreira de Gerônimo, embarcou para a Colômbia onde vai participar do SAPCINE, que acontece em Cali.

Eles levarão uma proposta de patrocínio para rodar o longa-metragem, no Salón de Productores y Proyectos Cinematográficos (SAPCINE), festival internacional de cinema que reúne representantes de produções ibero-americanas, em Cali, na Colômbia. A missão tem apoio da Secretaria de Turismo do Estado da Bahia (Setur-BA) e da Secretaria de Cultura estadual (Secult-BA), por meio do Edital de Mobilidade da Lei Paulo Gustavo.

No SAPCINE, com a intenção de pleitear cotas de incentivo, os cineastas baianos defenderão os temas e argumentos do filme em longa-metragem por meio de uma pré-pesquisa. Essa primeira parte da produção, que é um curta-metragem, tem lançamento previsto para dezembro, em Salvador.

Em “É d’Oxum – A força que mora n’água”, a icônica canção de Gerônimo Santana será traduzida em um documentário que reverencia o meio século de carreira do artista. Mas não só. A roteirista e diretora de produção Ondina Duarte ressalta que o projeto abordará temas como africanidades e baianidades, além das homenagens ao legado de Gerônimo e à força da orixá Oxum.

Como premissa central, “É d’Oxum – A força que mora n’água” tem a composição escrita há 40 anos como um dos elementos que melhor traduzem o sentimento perene de pertencimento identitário, vivido por soteropolitanos e baianos. Ao longo das décadas, o hino é entoado, sem cansar nem cessar, pelo público e por grandes nomes da música brasileira – alguns deles presentes nos depoimentos do documentário.

Personalidades ilustres como Margareth Menezes, Daniela Mercury, Armandinho, professor Edvaldo Brito, Roberto Santana, Márcia Short, Ana Mametto e Lia Chaves expressam, pela oralidade ou pela dança, de que maneira ‘É d’Oxum’ se entrelaça às suas vidas artísticas, religiosas ou pessoais, e reforçam como a composição é um sucesso fundamental nos repertórios.

Com trilha sonora executada pelo maestro Ubiratan Marques e produção de Cássio Nobre, o filme de 90 minutos também se aprofundará sobre os avanços dos processos contra a intolerância religiosa, em boa parte conquistados sob a égide do hino atemporal, afinal a letra exalta o orgulho do povo de uma cidade em que “todo mundo é d’Oxum”. A obra se debruça, ainda, sobre a urgência em proteger as águas doces.

Ondina, filha caçula de Gerônimo, se declara “honrada” em fazer uma homenagem ao pai em vida. Para ela, um grande estímulo para a realização do filme foi ter a chance “de fazer cinema com a história de Gerônimo, de deixar um registro, um legado no audiovisual, para que haja uma conexão de gerações, e fortaleça ainda mais esse laço através da obra desses dois compositores”. E emenda: “É d’Oxum’ ressoa como uma irmã mais velha que merece muito respeito, como uma canção que pode ser considerada um hino popular da Bahia”.

Foto – da esquerda para a direita: Cássio Nobre, Day Sena, Gerônimo, Sol Moraes e Ondina Duarte (Divulgação)