Que existe uma “rixa” entre baianos e pernambucanos (eu acho até que mais deles do que da gente), isso é público e notório. Afinal, no Carnaval de Recife e Olinda é proibido trio elétrico e axé. Quando fui na última terça-feira para a inauguração da exposição Mancha de Dendê Não Sai, em homenagem ao saudoso Moraes Moreira, encontrei Rodolfo Pereira Tourinho, que foi superintendente da Rede Bahia durante muitos anos. E na sua época foi criada aquela campanha maravilhosa com o jingle Só se vê na Bahia (Jorge Portugal e Roberto Mendes), até hoje um clássico cantado por diversos artistas e entoado pelos baianos.

Ao ouvir um poema de Moraes Moreira e Fred Góes recitado por Antônio Nóbrega, num dos alto-falantes instalados na exposição, Rodolfo, emocionado, me contou uma história muito pitoresca. Esse poema era a letra da música “Pernambuco em Primeiro Lugar”, uma espécie de “Só se vê na Bahia” do estado vizinho. Apesar da música ser muito bonita, foi rejeitada quando foi ao ar. Por um simples motivo: como aceitar que um baiano compusesse e cantasse uma música em homenagem a Pernambuco? Quer saber como acabou essa história? Leia o Baú do Marrom na edição impressa e online do @correio24horas

Foto 1 :Moraes Moreira (Sidney Haack)

Foto 2: Rodolfo Pereira Torinho (Acervo pessoal)